Tartaruga marinha é flagrada em rodovia no RJ; bióloga acredita em ato criminoso

Flagrante foi feito por motociclista, no município de Piraí. Investigação do caso depende de denúncia de projeto ambiental que receberá a tartaruga, diz PRF. Réptil não apresenta sinais de ferimentos e passará por avaliação antes de ser devolvido à natureza. Tartaruga marinha resgatada de rodovia no RJ
Divulgação/CCR RioSP
Uma cena inusitada chamou atenção na BR-116 (Rodovia Presidente Dutra), na altura do município de Piraí (RJ), no início da tarde desta segunda-feira (9). Uma tartaruga marinha foi flagrada circulando no acostamento, na altura do km 245, na pista sentido São Paulo.
O animal é da espécie Chelonia mydas, conhecido como tartaruga-verde. Ele foi flagrado por um motociclista, que o levou até a base operacional mais próxima da CCR RioSP, concessionária que administra a rodovia, em Volta Redonda (RJ).
Segundo a CCR RioSP, o réptil não apresentava sinais de ferimentos. A tartaruga será transportada para o Projeto de Monitoramento de Praias em Itacuruçá, no Rio de Janeiro. Ela passará por avaliação dos especialistas, que constatarão se ele terá condições de ser reintegrado à natureza.
Tartaruga marinha resgatada de rodovia no RJ
Divulgação/CCR RioSP
‘Pode ter sido um ato criminoso’, opina bióloga
As autoridades não sabem ainda como o animal foi parar na rodovia. De acordo com a bióloga Suzana Guimarães, do Projeto Aruanã, responsável por monitorar tartarugas marinhas da Baía de Guanabara, é possível que tenha ocorrido um ato criminoso.
“Devido à distância que se encontra do mar e o local em que foi encontrada (uma estrada), pode ser um caso de alguém ter abandonado o animal na estrada, ao tentar leva-lo para algum lugar”, opinou Suzana.
A bióloga alertou que o animal poderia ter morrido se ficasse exposto ao sol por muito tempo, sem estar ao menos úmido.
“Elas [as tartarugas] são répteis e a temperatura do corpo varia de acordo com o do ambiente, portanto, ficar exposta ao sol sem estar ao menos úmida, por muito tempo, pode levar o animal a óbito. Elas entram em hipertermia”, afirmou.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o Projeto de Monitoramento de Praias em Itacuruçá, que receberá o animal, deve notificar as autoridades, se identificar necessidade, para que o caso seja investigado pelas autoridades competentes.
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