Família de Resende pede ajuda para custear tratamento de menina diagnosticada com Linfoma de Hodgkin

Maria Clara, de nove anos, foi diagnosticada com o câncer no dia 15 de agosto. Saiba como ajudar. Maria Clara foi diagnosticada no dia 15 de agosto
Arquivo pessoal
Uma família de Resende (RJ) está pedindo ajuda para custear o tratamento de uma menina, de nove anos, diagnosticada com Linfoma de Hodgkin.
Maria Clara descobriu a doença no dia 15 de agosto, no dia do seu aniversário. De acordo com a mãe, Alessandra de Oliveira, a desconfiança de que algo estava errado começou quando surgiu um caroço perto da região da mandíbula da menina.
Ela chegou a passar por atendimento médico e disseram que era caxumba. Durante uma semana Maria Clara tomou antiflamatório, o caroço chegou a abaixar, mas não sumiu. Como não doía, a família suspeitou que não era caxumba.
“Tudo iniciou num dia que eu levei ela no hospital para poder ver simplesmente um caroço que tinha saído debaixo da orelha. Lá os médicos me disseram que era uma caxumba, começamos a tratar como uma caxumba, ficou uma semana tomando antiinflamatório, essas coisas, o caroço veio abaixar”, explicou Alessandra.
“Mas, porém, não sumiu, ficou ali, depois de umas duas semanas o caroço inchou novamente, voltei para o hospital. Chegando no hospital me disseram que era caxumba, eu falei: ‘não tem como caxumba ser de novo, né’. E não dói, ela come, não dói, entendeu, porém, só tá elevado do lado do pescoço”, completou a mãe.
A partir de então, a menina passou por exames de raio x, urina e sangue. Os resultados apontaram algumas alterações, o que fez com os médicos optassem por interna-la. Ela fez uma biópsia, que apontou resultado inconclusivo.
A mãe explicou ainda que fizeram outro exame, porém, pelo SUS demoraria cerca de 40 a 60 dias para sair o resultado. Sendo assim, a família optou por fazer em uma clínica particular no valor de R$ 1 mil e sairia em 15 dias.
Um amigo do trabalho do pai da Maria Clara ouviu uma conversa dela no telefone com o esposo e decidiu reunir os colegas do serviço para ajudar a família. Eles fizeram uma vaquinha e conseguiram custear o exame.
“Graças a Deus que ainda existe pessoas muito boas ainda, pessoas de corações, assim voltado sabe para ajudar as outras pessoas. Um colega dele no trabalho ouvindo ele conversar comigo no telefone ali já foi passando um para o outro e fizeram uma vaquinha. Lá conseguiram o exame o valor do exame, deram para o meu esposo. Agradeço o pessoal lá que trabalha com ele, deram o dinheiro cada um foi fazendo um pix, conseguimos o valor, pagamos o exame, fizemos o exame e com 15 dias saiu o resultado realmente comprovando que ela estava com o câncer”, disse Alessandra.
Após o diagnóstico do câncer Linfoma de Hodgkin, a família começou a luta para o pet-scan — tomografia computadorizada por emissão de pósitrons. O exame custa R$ 5 mil. A família fez uma rifa para arrecadar o valor, mas conseguiu fazer pelo SUS em Volta Redonda (RJ).
Cerca de uma semana depois, ela conseguiu uma vaga em um hospital do Rio de Janeiro, onde segue internada atualmente.
Durante este período, Maria Clara fez uma cirurgia para fazer o cateter e iniciar a quimioterapia. Atualmente, a menina está na segunda sessão.
Saiba como ajudar
A família da Maria Clara está arrecadando doações para ajudar no custeio do tratamento. Quem desejar ajudar de alguma forma, pode entrar em contato pelos telefones (24) 98171-3049 e (24) 99335-7078.
Sobre o Linfoma de Hodgkin
1- O linfoma de Hodgkin é um câncer?
Sim, é um câncer. De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), o linfoma ou Doença de Hodgkin é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, conjunto de órgãos e tecidos espalhados pelo corpo.
Formado por vasos e gânglios, o sistema linfático é responsável pela por produzir e amadurecer as células de defesa do organismo, além de drenar e filtrar o excesso de líquido do corpo.
2 – Quais são os principais sintomas do linfoma de Hodgkin?
Em geral, o paciente percebe a presença de linfonodos, que se apresentam como caroços, muitas vezes indolores.
Essas ínguas aparecem com frequência também no pescoço, nas axilas e na virilha.
Outros sintomas dependem do local onde o câncer está, mas podem incluir febre, perda de peso, fraqueza e aumento do volume do abdômen.
Conheça os sintomas do linfoma não-Hodgkin
3 – Como é feito o diagnóstico do linfoma de Hodgkin?
O Inca informa que o diagnóstico do linfoma de Hodgkin é obtido por meio de biópsia da região afetada. A biópsia consiste na retirada de uma pequena parte ou de todo o linfonodo, que é então enviado para exame em laboratório.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o linfoma de Hodgkin pode ser classificado em dois grupos: linfoma de Hodgkin clássico e linfoma de Hodgkin de predomínio linfocitário nodular, presente em apenas 5% dos casos.
4 – Como é feito o tratamento do linfoma de Hodgkin?
De acordo com informações do hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, o tratamento do linfoma de Hodgkin é baseado em fatores como idade do paciente, estado clínico geral, tipo e localização do linfoma.
Vários tipos de tratamento podem ser realizados para o linfoma de Hodgkin, por exemplo, quimioterapia, radioterapia, anticorpos monoclonais e quimioterapia de alta dose com transplante de medula.
As duas principais formas de tratamento do linfoma de Hodgkin são a quimioterapia e a radioterapia.
5 – Quais as diferenças entre o linfoma de Hodgkin e o linfoma de não-Hodgkin?
Apesar de terem sintomas parecidos, os linfomas de Hodgkin e não-Hodgkin são diferentes.
De acordo com o Hospital Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, a diferença entre eles está na característica das células encontradas no tumor. Somente após biópsia é possível fazer a diferenciação.
O linfoma de Hodgkin apresenta alto índice de cura com quimioterapia de primeira linha. Isso quer dizer que, logo no primeiro tipo de tratamento que o paciente faz, ele tem boas chances de apresentar bons resultados.
Siga o g1 no Instagram | Receba as notícias no WhatsApp
VÍDEOS: as notícias que foram ao ar na TV Rio Sul

Publicidade

Notícias