Dono de boate investigado por agiotagem é preso por vender bebidas alcoólicas falsas e cigarros eletrônicos

Prisão aconteceu durante operação em Volta Redonda. Segundo a Polícia Civil, ele integra um grupo de agiotas responsável por oferecer empréstimos sem formalidades para atrair pessoas com dificuldades financeiras; vítimas relatam ameaças. Um proprietário de uma boate foi preso em flagrante na terça-feira (17) em Volta Redonda (RJ). Segundo a Polícia Civil, ele é suspeito de integrar um grupo de agiotas, que opera há vários anos na cidade.
A prisão aconteceu durante a Operação ‘Laço Financeiro’, que cumpriu dois mandados de busca e a apreensão em endereços residenciais e comerciais, expedidos pela Justiça, contra três suspeitos.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, durante o cumprimento de um dos mandados, foram encontrados na boate, no bairro Aterrado, diversas bebidas alcoólicas de marcas renomadas falsificadas e cigarros eletrônicos. Já na residência do investigado, foram apreendidas armas de fogo, dinheiro e celular.
O homem foi levado para a delegacia de Volta Redonda e, depois, transferido ao sistema prisional, onde permanecerá acautelado para prosseguimento da investigação.
Bebidas alcoólicas falsificadas apreendidas pela Polícia Civil em Volta Redonda
Divulgação/Polícia Civil
Agiotas cobravam juros exorbitantes e ameaçavam devedores
A investigação da ação, nomeada de ‘Laço Financeiro’, apontou que o grupo oferecia empréstimos sem formalidades para atrair pessoas com dificuldades financeiras, principalmente trabalhadores autônomos e pequenos empresários, e aplicar juros exorbitantes.
“Com a promessa de facilidade e rapidez, os criminosos ofereciam valores que variavam de R$ 1 mil a R$ 50 mil, mas, em poucos meses, a dívida dos clientes dobrava ou até triplicava devido aos juros extorsivos”, disse à Polícia Civil, em comunicado à imprensa.
As vítimas relataram à polícia que, quando atrasavam os pagamentos, sofriam com ameaças por meio de ligações telefônicas, mensagens e até visitas intimidatórias.
Em alguns casos, bens de valor foram tomados como forma de “garantia”, e os devedores, temendo represálias físicas, se viam forçados a pagar quantias cada vez maiores.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.
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